quarta-feira, 19 de maio de 2010

TRABALHO INFANTIL NO BRASIL em 1995

I. PRINCIPAIS CARACTER�STICAS DO TRABALHO INFANTIL NO BRASIL.
A taxa do trabalho infantil cresce com a idade e � maior entre os meninos do que entre as meninas; essa participa��o � maior entre aqueles de cor negra ou parda; a participa��o das crian�as decresce com o n�vel de renda das fam�lias onde est�o inseridas; A taxa de participa��o do trabalho infantol , no Brasil, de menores � mais elevada na �rea rural do que na urbana; finalmente, no caso do Brasil urbano-metropolitano, as taxas de participa��o s�o mais elevadas no Sul e no Sudeste do que no Norte e no Nordeste.
Aprendendo mais:
Sobre o trabalho infantil e correto afirmar que ele ocorre em parte mais elevada;
a) ( )Entre meninos, cor negra e parda,area rural, no Sul e Sudeste
b) ( ) Entre meninos, cor branca, area urbana e Sul e Noete.
c) ( ) As duas est�o corretas.
GR�FICO 1


Aprendendo mais:
Analise o grafico e responda:
A) em que faixa etaria a maior incidencia do trabalho infantil?
�������____________________________________________________________________
A maior parte desse trabalho (79,2%) ocorre em ocupa��es t�picas da agricultura, especialmente na pequena produ��o familiar (Tabela A1). Assim, 63,2% das crian�as estavam ocupadas, naquele setor, como trabalhadores por conta pr�pria (Tabela A2). Consistentemente, 75% das crian�as que trabalham, nessa faixa et�ria, t�m o chefe de fam�lia ocupado em atividades agr�colas (Tabela A3). Vale salientar que 61% dos chefes de fam�lia onde h� registro de trabalho infantil s�o aut�nomos, e a sua maior parte est� envolvida naquela atividade (Tabela A4). Ainda nessa faixa et�ria, 51,7% dos que trabalhavam residiam nos estados do Nordeste, a maioria desenvolvendo atividades vinculadas � agricultura familiar (Gr�fico 2).
GR�FICO 2




Aprendendo mais.
Em que regi�o do Brasil h� maior incidencia do trabalho infantil , de acordo com o grafico?
__________________________________________________________________
As caracter�sticas demogr�ficas e econ�micas dos chefes de fam�lia indicam que nos domic�lios onde crian�as dos 5 aos 9 anos trabalhavam, 92% dos chefes eram homens; 57,8% eram pardos e 37% brancos; 35,4% ganhavam at� R$ 100,00 mensais; 56% sabiam ler e escrever. Ainda, 91% das crian�as que trabalhavam vinham de domic�lios onde o pai e a m�e estavam presentes .
Os dados, portanto, revelam que, no grupo dos 5 aos 9 anos, o trabalho infantil n�o � muito significativo na sua intensidade e jornada, caracterizando-se por ser uma atividade rural, localizada, em sua maior parte, no Nordeste, e predominantemente por conta pr�pria, sendo t�pica de fam�lias pobres e de baixo n�vel educacional.
GR�FICO 3

Aprendendo mais;
Analise o gr�fico 3 e 4 e escreva em que faixa etaria e sexo e ra�a se d� a maior incidencia de trabalho infantil____________________________________________________
GR�FICO 4

GR�FICO 5



Aprendendo mais
1) de acordo com o gr�fico acima em que regi�o do brasil h� mais trabalho infantil?
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2) Defina o que � zona rural e urbnana
Grafico 6

A distribui��o regional das crian�as que trabalham indica que 47,5% localizam-se no Nordeste e 23,8% no Sudeste (Gr�fico 2). A participa��o nordestina � superior � que a regi�o det�m no total da popula��o ocupada (28,7%) . Do total de crian�as (1,48 milh�o) com domic�lio urbano, 34,1% situavam-se no Nordeste e 33,1% no Sul, revelando uma reparti��o equilibrada entre as duas regi�es (Gr�fico 5). Ressalte-se que, das crian�as que tinham domic�lio rural (1,78 milh�o), a propor��o de nordestinas � elevada (58,6%) e bem superior � da regi�o Sul (16%). Assim , os dados apontam para uma participa��o relevante de crian�as que trabalham na zona rural da regi�o Nordeste e, secundariamente, na �rea rural do Sul do pa�s.
A principal ocupa��o infantil, como evidencia o gr�fico 6, ainda � na agropecu�ria (58,3%), seguida do com�rcio (12,4%), da ind�stria e da presta��o de servi�os (11,2%). De fato, os dados mostram que 53,8% exerciam seu trabalho em fazendas, s�tios, granjas, ch�caras, entre outros e 23,1%, em lojas, f�bricas, oficinas e escrit�rios (Gr�fico 7). As crian�as desenvolvem atividades nas pequenas propriedades rurais que trabalham em regime de economia familiar, a exemplo da atividade fumageira. Nas atividades que se exercem fora da pequena produ��o familiar, tais como nas plantations de cana-de-a��car e na produ��o de carv�o vegetal, os pais utilizam o trabalho dos filhos para garantir as cotas de produ��o. Ou seja, a inser��o precoce de muitas dessas crian�as deve-se a uma decis�o de sua fam�lia que, como estrat�gia para aumentar suas cotas de produ��o e complementar a renda, utilizam o trabalho infantil no processo produtivo.
Essa estrat�gia, embora tenha uma racionalidade econ�mica imediata, como forma de assegurar a sobreviv�ncia das fam�lias, reveste-se de elevado custo social com o tempo, na propor��o em que perpetua a pobreza e a desigualdade dentro e entre as gera��es. O trabalho infantil ocorre tamb�m fora do contexto familiar e da prote��o dos pais, em oficinas, pequenos neg�cios e no trabalho dom�stico. O setor informal tamb�m absorve m�o-de-obra infantil, a exemplo de atividades exercidas na rua (com�rcio ambulante, lavadores e guardadores de autom�veis, engraxates, etc.).
GR�FICO 7


Analise o gr�fico e responda:
1) Em que atividade, de acordo com grafico 6, as crias�as brasileiras mais trabalham? Qual trabalho ela exerce?
2) O que faz uma crian�a de 10 a 14 anos em uma industria?
Os dados colhidos evidenciam que 56,6% dos menores trabalhadores n�o tinham o seu trabalho remunerado, e dos que recebiam alguma remunera��o, 88,8% ganhavam at� um sal�rio-m�nimo. Cerca de 58% das crian�as tinham jornadas de trabalho que variavam de 15 a 39 horas semanais, sendo a m�dia de 26,5 horas (Gr�ficos 8 a 10).


GR�FICO 8

Aprendendo mais:
1) Sabemos que a pessoa que trabalha por conta propria e aquela que n�o tem carteira assina,ela e a dona do seu pr�prio servi�o, de acordo com o gr�fico acima como voce acha que uma crian�a no nordeste tem seu proprio trabalho? O que ser� que ela faz ?
2) Pessoas n�o remuneradas s�o aquelas que trabalham e nao ganham nada pelo trabalho que faz, de acordo com o grafico acima , no brasil, existem crian�as que trabalham dessa forma , o que sera que elas tem em troca , se elas trabalham e n�o ganham dinheiro?
GR�FICO 09

Trabalho e educa��o s�o atividades que, no curto prazo, s�o competitivas. As crian�as, de forma geral, deveriam estar na escola e n�o no trabalho. Para melhor compreender essa quest�o, � preciso analisar a rela��o entre trabalho infantil e educa��o, inclu�da a associa��o do trabalho precoce com a evas�o escolar.

O trabalho infantil hoje


Uma das preocupa��es mundiais para aumentar a qualidade de vida da popula��o � a erradica��o do trabalho infantil. Calcula-se entre 100 e 200 milh�es de crian�as trabalhadoras no mundo.
Nos pa�ses subdesenvolvidos, a explora��o do trabalho infantil assume propor��es assustadoras, chegando a 30% das crian�as entre 10 e 14 anos. Essa explora��o n�o est� restrita apenas aos pa�ses do Sul.
Nos pa�ses da Uni�o Europ�ia, com a redu��o dos or�amentos para a educa��o, aumentou a evas�o escolar e a ida de crian�as para a economia informal.
O trabalho precoce tamb�m dificulta o acesso � educa��o, sendo uma de suas conseq��ncias o aumento do n�mero de analfabetos ou de pessoas sem a qualifica��o profissional requerida pelo mercado de trabalho nos dias atuais.
Trabalho infantil por Estado
Cerca de 5,5 milh�es de crian�as entre 5 e 17 anos fazem algum tipo de trabalho no Brasil
A Bahia � o Estado com maior n�mero de crian�as trabalhando. S�o 617.009 crian�as, muitas delas trabalhando sem as m�nimas condi��es de higiene ou seguran�a como na prepara��o do sisal ou em pedreiras, principalmente na �rea rural do Estado, onde se concentra o maior n�mero de crian�as no trabalho.

Outro Estado com grande n�mero de crian�as trabalhando � Minas Gerais, cuja capital, Belo Horizonte, tem o maior �ndice de trabalho infantil dom�stico.








Fotos de crian�as trabalhando na Bahia.



Crian�as trabalhando em Minas Gerais



Trabalho proibido


No Brasil, o emprego de adolescentes � permitido somente a partir dos 16 anos, podendo ser admitidos como aprendizes aos 14 anos.
No entanto, mais de 7 milh�es de crian�as e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhavam em 2000, segundo estat�sticas do IBGE. Eles podem ser encontrados em lavouras de cana-de-a��car, laranjais, planta��es de fumo e de sisal; em carvoarias, cer�micas, olarias e pedreiras; em tecelagens, moagem de sal e lix�es; no trabalho informal, como camel�s ou empregados dom�sticos.
A maioria n�o recebe remunera��o fixa e estima-se que mais de 400 mil meninas trabalhem como empregadas dom�sticas. O trabalho infantil � um importante fator de renda das fam�lias mais pobres e somente com programas sociais amplos ser� poss�vel retirar as crian�as dessa atividade.
Eliminar o trabalho infantil � importante n�o apenas por quest�es humanit�rias, sociais e legais. Tamb�m � um fator de negocia��o com rela��o ao com�rcio internacional. Com base no argumento de uso de trabalho infantil ilegal, pa�ses desenvolvidos t�m promovido boicotes a produtos de pa�ses emergentes e criado leis de protecionismo a seus produtos.

6 comentários:

  1. Gostei muito parabens
    Por mae de Samuel

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  2. gostei muito desse blog, vai nos ajudar muito, e aumentar nossos conhecimentos!!!
    estou ansiosa com a próxima postagem!!!
    muitooo criativo!!
    =D

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  3. É bem legal mesmo
    vai nos ajudar muito,
    vai ser mais facil e pratico!

    adorei 8)
    !!!!

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  4. Parabéns pelo blog.
    A nossa luta tem que ser esta, contra a exploração da criança em todos os seguimentos, seja trabalho, violência, exploração sexual entre outras.
    Deus me deu a sorte de trabalhar no projeto pioneiro da luta contra o trabalho infantil, foi através do Programa DESAFIO, que a OIT criou o PET que hoje esta em todo o Brasil.
    Se quiser conhecer um pouco de nosso trabalho, visite o nosso blog – fmijprogramadesafio.blogspot.com
    Um abraço e vamos continuar com esta luta.

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